sábado, 17 de agosto de 2013

Cuentos por la Igualdad


Cuentos por la Igualdad

No hay mejor regalo para niños y niñas que un cuento para compartir, lleno de historias y de personajes que alimenten su imaginación. Historias en las que cada cual escoge el personaje que quiere ser y la historia que quiere vivir, que nos permiten disfrutar, viajar y vivir aventuras sin movernos de casa. 
Los cuentos ayudan a nuestras niñas y niños a familiarizarse con el mundo en el que viven, a interpretarlo. Es por ello que las personas adultas tenemos la responsabilidad de darles los referentes necesarios que les ayuden a entender el mundo en el que viven, a vivir libremente, y que les enseñen estrategias para ser felices.

Namibia: Waiting out a deadly drought

Namibia: Waiting out a deadly drought

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

78% dos brasileiros rejeita verba de empresas em campanhas

Reforma: 78% dos brasileiros rejeita verba de empresas em campanhas

Publicado por OAB (extraído pelo JusBrasil) - 1 dia atrás
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Brasília A pesquisa IBOPE divulgada nesta terça-feira (06), pelo presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, revela que 78% da população é contrária as doações de empresas para campanhas, e 80% afirma que deveria haver um limite máximo pra uso de dinheiro público.
O resultado deixa claro que este balcão de negociações em que se transformou o financiamento de campanhas não será mais tolerado pelo eleitor, afirmou Marcus Vinicius.
Outro ponto com ampla aprovação é em relação à punição mais severa para a prática de caixa dois, que recebe o apoio de 90% dos entrevistados.
De acordo com o projeto de lei Eleições Limpas, responderão pelo crime de prática de caixa dois, além do candidato, os integrantes do comitê financeiro e quem efetuar a doação ilegal de recursos. As penas previstas são de dois a cinco anos de reclusão.
Para o diretor do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, Marlon Reis, o projeto eleições limpas é a reforma política esperada e possível. Essas mudanças estão ao nosso alcance. Elas nascem da sociedade, pela sociedade e para a sociedade, pontuou o diretor.
Para conhecer na íntegra o projeto de lei Eleições Limpas,clique aqui.
Para conferir a íntegra da pesquisa, clique aqui.

Encontro sobre erradicação de trabalho infantil apresenta suas conclusões nesta quinta (8)


Encontro sobre erradicação de trabalho infantil apresenta suas conclusões nesta quinta (8)

Publicado por CSJT (extraído pelo JusBrasil) - 12 horas atrás
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O resultado das discussões de três grupos de trabalho que participaram do II Encontro Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil no Brasil, realizado na sede do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, será divulgado nesta quinta-feira (8). O evento, que durou todo a quarta-feira (7), e reuniu cerca de 160 participantes, foi uma iniciativa do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) conjuntamente com o TST, Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Ministério Público do Trabalho (CNMP) e Ministério do Trabalho e Emprego, e teve como objetivo definir a atuação em conjunto no enfrentamento do trabalho infantil no País.
Os grupos de trabalho, formados por magistrados, promotores federais, estaduais e do trabalho, abordaram temas como o papel do trabalho infantil e do adolescente nas cadeias produtivas e suas consequências (Trabalho familiar e cadeia produtiva); o trabalho de crianças e adolescentes em grandes obras e eventos, como a Copa das Confederações e a Copa do Mundo da FIFA de 2014 (Trabalho informal e grandes eventos/obras), e a questão dos limites e garantias de aprendizagem para esse segmento da população (Direito à profissionalização e Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Conflito com a Lei – SINASE). Os grupos traçaram um panorama da atual situação e propuseram medidas para enfrentar os problemas, nos níveis municipal, estadual e federal, por exemplo, e nas diversas instâncias, como a justiça, ministério público, executivo, setor privado, etc.
Da abertura do encontro participaram o presidente do TST, ministro Carlos Alberto Reis de Paula; a presidente da Comissão da Infância e Juventude do CNMP, conselheira Taís Schilling Ferraz; o procurador-geral do Trabalho do Ministério Público do Trabalho, Luiz Antonio Camargo de Melo; a chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, ministra Maria do Rosário Nunes; e o secretário de Inspeção do Ministério do Trabalho e Emprego, Luiz Felipe Brandão de Melo, além de membros do Ministério Público, advogados e ministros do Tribunal.
(Fonte: TST)
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Encontro sobre erradicação de trabalho infantil apresenta suas conclusões nesta quinta (8)


Encontro sobre erradicação de trabalho infantil apresenta suas conclusões nesta quinta (8)

Publicado por CSJT (extraído pelo JusBrasil) - 12 horas atrás
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O resultado das discussões de três grupos de trabalho que participaram do II Encontro Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil no Brasil, realizado na sede do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, será divulgado nesta quinta-feira (8). O evento, que durou todo a quarta-feira (7), e reuniu cerca de 160 participantes, foi uma iniciativa do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) conjuntamente com o TST, Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Ministério Público do Trabalho (CNMP) e Ministério do Trabalho e Emprego, e teve como objetivo definir a atuação em conjunto no enfrentamento do trabalho infantil no País.
Os grupos de trabalho, formados por magistrados, promotores federais, estaduais e do trabalho, abordaram temas como o papel do trabalho infantil e do adolescente nas cadeias produtivas e suas consequências (Trabalho familiar e cadeia produtiva); o trabalho de crianças e adolescentes em grandes obras e eventos, como a Copa das Confederações e a Copa do Mundo da FIFA de 2014 (Trabalho informal e grandes eventos/obras), e a questão dos limites e garantias de aprendizagem para esse segmento da população (Direito à profissionalização e Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Conflito com a Lei – SINASE). Os grupos traçaram um panorama da atual situação e propuseram medidas para enfrentar os problemas, nos níveis municipal, estadual e federal, por exemplo, e nas diversas instâncias, como a justiça, ministério público, executivo, setor privado, etc.
Da abertura do encontro participaram o presidente do TST, ministro Carlos Alberto Reis de Paula; a presidente da Comissão da Infância e Juventude do CNMP, conselheira Taís Schilling Ferraz; o procurador-geral do Trabalho do Ministério Público do Trabalho, Luiz Antonio Camargo de Melo; a chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, ministra Maria do Rosário Nunes; e o secretário de Inspeção do Ministério do Trabalho e Emprego, Luiz Felipe Brandão de Melo, além de membros do Ministério Público, advogados e ministros do Tribunal.
(Fonte: TST)
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Polícia Federal prende 18 pessoas por desvio de R$ 6,6 milhões da Educação

Polícia Federal prende 18 pessoas por desvio de R$ 6,6 milhões da Educação

Grupo usava instituto federal do Paraná para fraudar recursos destinados ao ensino técnico a distância.

A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira, 8, 18 pessoas em Curitiba e em Cascavel, acusadas de integrarem uma quadrilha especializada em desviar recursos públicos voltados para a educação técnica do Paraná.

O prejuízo com as fraudes pode ter atingido R$ 6, 6 milhões, somente no setor de ensino à distância do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Paraná (IFPR). A ação, batizada de "Operação Sinapse" envolveu 200 policiais e contou com o apoio da Controladoria Geral da União e também promoveu prisões em São Carlos e Sorocaba, no interior paulista. Além das prisões (três detidos são professores do IFPR) foram executados dez mandados de condução coercitiva, 43 de busca e apreensão, além do pedido de apreensão de 30 veículos à Justiça (somente três pedidos foram autorizados).

Segundo o delegado Felipe Hayashi, que coordenou a ação, os recursos eram desviados por meio de diferentes atuações. "Eram desviados recursos por meio de inúmeras práticas criminosas desde superfaturamento até distribuição de recursos a empresas de fachada, empresas que efetivamente não prestavam serviços e identificamos também que esses recursos destinados a empresas eles retornavam a funcionários públicos por meio de propinas. Nós já temos indicativos neste momento de que houve um desvio de R$ 6,6 milhões", disse.

As investigações começaram em março de 2012 e algumas evidências indicam que as fraudes iniciaram em 2009. Ela agia por meio de termos de parceria firmados entre o IFPR e duas Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIPs. Esses projetos para cursos à distância do IFPR eram superfaturados e os serviços previstos em contrato não eram prestados. Ainda nesse período, a quadrilha conseguiu que alguns de seus integrantes fossem aprovados em concursos públicos para o IFPR de forma fraudulenta.

Para encobrir essas ações, a quadrilha falsificava contratos e prestações de contas, e pagava propinas a funcionários da autarquia federal e integrantes das Oscips.

Mesmo com a análise preliminar que indica desvios de R$ 6,6 milhões, há a possibilidade desse valor aumentar, conforme o resultado da análise do material apreendido. "Nós colhemos mais evidências na data de hoje (8) mediante esses mandados de busca e apreensão, após a análise desse material e perícias que estão sendo realizadas é possível que esses valores sejam maiores. Foram apreendidos três carros de luxo com indicativo de que foram adquiridos por esses desvios de recursos, são valores que podem chegar a quase meio milhão de reais (foram apreendidos um Porsche Cayman, um Mercedes Benz e um Range Rover)", concluiu o delegado.

As pessoas detidas responderão pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, estelionato e crimes da lei de licitações.

Em comunicado, o IFPR informou que todos os documentos pedidos pela polícia foram entregues e que a entidade zela pelo ensino. "Todos os documentos solicitados foram prontamente entregues para investigação. Desde 2011, a atual gestão, iniciada em junho de 2011 toma providências internas para verificar a regularidade e averiguar todos os convênios firmados", diz um trecho da nota.
Fonte: Estadão

sábado, 3 de agosto de 2013

Brasil busca a Amarildo

 http://internacional.elpais.com/internacional/2013/08/04/actualidad/1375573806_683392.html

Brasil busca a Amarildo

La desaparición de un obrero en una favela carioca tras ser detenido por la policía se convierte en nuevo blanco de las protestas

Casi 35.000 personas han desaparecido en el país desde 2007

Marcha en São Paulo por la búsqueda de Amarildo de Souza. / Miguel Schincariol (AFP)
Amarildo de Souza, de 43 años, apenas tuvo tiempo de limpiar los peces que pescó el pasado domingo 14 de julio cuando cuatro policías de la llamada Policía Pacificadora, que actúa en las favelas de Río de Janeiro, lo detuvieron. Eran las siete y media de la tarde y Amarildo se fue con lo puesto. Nadie lo ha visto desde entonces.
Su búsqueda, que comenzó hace 20 días en los callejones de la comunidad de la Rocinha, ha sumado miles de simpatizantes y se ha convertido en una causa más para avivar las protestas que sacuden Brasil hace más de un mes.
Casi 35.000 personas, según el Instituto de Seguridad Pública, han desaparecido en Brasil desde 2007 sin que sus familiares sepan si esperarlas vivas o muertas.
Mientras que la mayoría de víctimas no tienen más visibilidad que la de un cartelito en una farola, la humilde familia de Amarildo, que cocina en un fogón pegado al retrete, ha decidido hacer ruido. “¿Cuántos Amarildos han desaparecido ya? ¿Cuántos quedan por desaparecer?”, se pregunta la sobrina del obrero Elaine Maria Dias da Costa, de 26 años. “Queremos tocar sus conciencias, que las autoridades nos den una respuesta, que por lo menos nos entreguen los huesos para poder enterrarle como se merece”, continúa Elaine por teléfono desde la Rocinha.
Las protestas, que ya clamaban por más seguridad y por el papel opresor de la policía militar brasileña, no han tardado en hacerse eco.
Este jueves, la mujer, los seis hijos, hermanos, sobrinos y vecinos de Amarildo organizaron la tercera protesta para reclamar una respuesta. La manifestación llegó hasta el rico barrio de Leblon, donde se encontraron con el grupo de manifestantes que está acampado frente a la casa del gobernador, Sergio Cabral (PMDB), uno de los líder más castigados durante las protestas.
A la marcha, que cortó el tráfico durante horas, se unieron también madres de víctimas de la violencia policial y decenas de simpatizantes de la causa que, gracias a las redes sociales, se defiende hasta en las protestas de SãoPaulo.
“Yo lucho para que los muertos también tengan voz, soy la portavoz de mi hijo”, decía Deize Carvalho, del Consejo de Derechos Humanos de Rio, cuyo hijo murió en manos de la policía en enero de este año. “Lo arrestaron por hurto y al día siguiente lo torturaron seis agentes que continúan trabajando. Le rompieron la mandíbula y todos los huesos. Después detuvieron a quien robó de verdad. No fue mi hijo”.
La organización Human Rights Watch afirma en su último informe que, según datos oficiales de los seis primeros meses de 2012, la policía fue responsable de 214 asesinatos en Río de Janeiro y de 251 en São Paulo. “El Estado aún no ha tomado las medidas necesarias para asegurarse de que los policías que cometen abusos rindan cuentas”, alerta el documento.
Otra de las voces en la marcha era la de Antônio Carlos Costa, presidente de la ONG Rio de Paz. “Hace mucho tiempo que queríamos manifestarnos por los desaparecidos, pero estábamos esperando la ocasión adecuada. El caso de Amarildo nos ha dado la oportunidad de denunciar la cantidad de gente que desaparece y muere asesinada. Los cuerpos acaban en los muchos cementerios clandestinos que hay en la región, en la bahía, en lagos. Se lanzan a los animales, se incineran o se disuelven con ácido…”, explica Costa. La ONG organizó el miércoles un acto simbólico en la playa de Copacabana que denunciaba la desaparición de esas 35.000 personas que “serían muchas más” si todas las familias denunciasen. Costa también expone su temor a que las autoridades maquillen los datos. “El Gobierno no tiene transparencia y tememos que muchas desapariciones se mantienen como tal en la estadística aunque luego se sepa que se trata de un homicidio”.

Silencio de la Secretaría de Seguridad

A pesar de que la última vez que se vio a Amarildo fue en la comisaría de la UPP (Unidad de la Policía Pacificadora), la Secretaría de Seguridad Pública deRio ha guardado un inquietante silencio sobre el caso hasta hace pocos días.
El gobernador Cabral, cuya popularidad nunca ha estado tan baja según las encuestas, no recibió a la familia hasta diez días después de la desaparición del obrero.
Los gestos solo empezaron a verse cuando las autoridades entendieron que el caso de Amarildo podía perjudicar la imagen de la Policía Pacificadora, un grupo especial de la policía militar que tomó el control de 33 favelas, la mayoría en la acomodada zona sur, desde que en 2008 comenzaron a expulsar a los narcotraficantes. La UPP es la bandera de Cabral en cuestión de seguridad pública.
La voluntad de no manchar más la imagen del Gobierno y la perseverancia de los de Souza ha llevado a que la Policía Civil comience a investigar el caso desde la división de Homicidios. Pocos confían en que Amarildo esté con vida.
La ministra de la Secretaria Nacional de Derechos Humanos, Mariado Rosário, afirmó el viernes que la policía es la principal sospechosa de la desaparición de Amarildo.
Los investigadores, de momento, han confirmado que de las 84 cámaras que graban la vida de los más de 70.000 vecinos de esta comunidad, precisamente las dos que vigilan la comisaría de la UPP no funcionaban. Tampoco funcionaba el GPS de los coches patrulla, que podría ayudar a los agentes a seguir el rastro del arrestado.
La Policía Militar, a la que pertenece la UPP, ha defendido desde el comienzo que Amarildo dejó a pie la comisaría –versión que no puede demostrarse sin las cámaras -. Ahora, dice, investiga las llamadas de unos móviles requisados a sospechosos de tráfico de drogas durante una operación que el día antes de la desaparición de Amarildo se saldó con 48 detenidos. La pesquisa de los militares apunta a que quieren relacionar la desaparición del obrero con un ajuste de cuentas.
“La posibilidad de que esté involucrado en el tráfico no existe. Él solo fue a comprar tabaco. Se grabó su entrada en la comisaría y no la salida. ¿Si creen eso por quÉ no presentan ninguna prueba?”, reclama la sobrina.
El mismo silencio que las autoridades mantuvieron durante la primera semana de la desaparición de Amarildo se sintió en los principales medios de comunicación brasileños, uno de los blancos principales de las críticas de los manifestantes en todo el país. Solo el viernes, 19 días después de su desaparición, los dos periódicos más leídos del país sustituyeron las breves referencias a Amarildo por reportajes sobre su caso e incluso llamadas en portada.

CANTO EN LA MAÑANA

Círculo Latinoamericano de Escritores (CLE)



CANTO EN LA MAÑANA

Como un canto en la mañana
yo quisiera que así fuera
mi presencia entre las ramas
de ese árbol santuario
del que cuelgan nuestras vidas...
Como un canto en la mañana
yo quisiera que así fuera
mi insignificante presencia
en esa sala de espera
en la que todos aguardamos
una vida más plena...

Carmen Marín

Júri condena mais 25 PMs por mortes no Carandiru

Júri condena mais 25 PMs por mortes no Carandiru

Pena para soldados da Rota é de 624 anos de prisão para cada um. Desde o início do ano, 48 dos 78 denunciados por 102 das mortes no chamado Massacre do Carandiru já foram sentenciados a prisão
por Gisele Brito, da RBA publicado 03/08/2013 11:23, última modificação 03/08/2013 19:23
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© Mauricio Camargo/Brazil Photo Press/Folhapress
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Os promotores do MP no segundo júri do chamado Massacre do Carandiru, encerrado na madrugada de sábado (3)
São Paulo – Os 25 policiais militares que atuaram no terceiro pavimento do pavilhão 9 da Casa de Detenção do Carandiru na invasão policial de 2 de outubro de 1992 foram condenados, cada um, a 624 anos em regime fechado. Os PMs, todos da Rota, poderão aguardar em liberdade até o esgotamento das possibilidades de recursos. Os policiais também irão perder seus cargos públicos quando a sentença transitar em julgado, porque o juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo avaliou que houve “inequívoco abuso de autoridade”. A sentença foi lida às 4h20 da manhã de hoje (3), no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo.
Os sete jurados, distintos dos do primeiro bloco do julgamento, consideraram que os policiais da Rota foram responsáveis pela morte de 52 das 73 pessoas que estavam naquele pavimento. O próprio Ministério Público (MP) havia pedido a desconsideração de 21 mortes porque as investigações não conseguiram determinar qual tropa foi responsável pela operação – os presos estavam no corredor direito do pavilhão.
“A voz da sociedade, dentro de um julgamento, é dada aqui no tribunal do júri. Ela não é dada nas ruas apenas. Ela não é dada àqueles que se manifestam e fazem comentários em blogs ou enquetes pela internet. Aqui o jurado tem a oportunidade de, após seis dias de julgamento, ouvindo as testemunhas, analisando os documentos dos processos, ouvindo os argumentos das partes, decidir que efetivamente o que aconteceu naquele dia foi um massacre. Mais do que isso, que a sociedade não vai compactuar com desrespeito à vida, que a sociedade não vai compactuar com o desrespeito ao ser humano”, declarou o promotor do Ministério Público Fernando Pereira da Silva durante entrevista ao término do julgamento.
Com isso, 48 dos 78 policiais acusados pela morte de 102 internos na Casa de Detenção em 2 de outubro de 1992 foram condenados. O episódio, que ficou conhecido como Massacre do Carandiru, é considerado o maior morticínio do sistema penal brasileiro.
Em 2001, o Coronel Ubiratan Guimarães, responsável pelo comando da operação, foi condenado a 632 anos. Mas no início de 2006, desembargadores do Tribunal de Justiça anularam a decisão do júri popular e Ubiratan morreu meses depois, sem nunca ter cumprido um único dia de pena.
Em abril deste ano, 23 policiais da Rota que atuaram no segundo pavimento foram responsabilizados pela morte de 13 detentos e sentenciados a 156 anos de prisão cada um, mas seguem em liberdade até se esgotarem os recursos. Cinco dos condenados, no entanto, continuam na ativa. Segundo a Polícia Militar, qualquer soldado condenado a mais de dois anos de prisão por homicídio doloso é exonerado da instituição. No entanto, esse procedimento só se dá depois que a sentença transita em julgado.
Pereira disse que, apesar de legítimo do ponto de vista legal, decisões assim precisam ser revistas. “Acho que a gente tem que repensar algumas coisas. A gente que eu digo não apenas enquanto sociedade, mas também como pessoas que vivem do Direito. E repensar se é isso que a gente quer: O cidadão sai do tribunal do júri com mais de seiscentos anos como se inocente fosse”, afirmou.
Como no primeiro julgamento, a advogada dos réus, Ieda Ribeiro Souza, disse que a sentença não condiz com o que pensa a sociedade e que há apoio popular à ação da polícia na internet. Ao ser questionada se o contrário disso não ficava demonstrado pela reação à ação da polícia nas manifestações populares dos últimos meses em várias cidades do país, disse que a sociedade está “doente”.
“Quando os órgãos do Ministério Público precisam de socorro, eles se socorrem da polícia militar, quando a sociedade precisa de socorro, ela se socorre da polícia militar. Então, se a sociedade pensa assim, infelizmente nós temos uma sociedade doente”, declarou aos jornalistas.
Ieda afirmou que irá recorrer da sentença assim que todos os 78 policiais denunciados forem julgados. Mas acredita encontrar dificuldades por considerar ser uma ação “política”. Ieda também irá defender os policiais que atuaram nos outros dois pavimentos do pavilhão 9 e diz que pouco mudará de sua tese porque ela é a única possível.
“Hoje a sociedade perdeu e o mundo do crime ganhou. Porque, na verdade, quando se condenam policiais que trabalharam honestamente, corretamente, e que não tiveram nenhuma participação nesse número de mortes, eu estou desvalorizando quem nos protege”, ilustrou.

Debate

No quinto e último dia de julgamento, defesa e acusação falaram por quase dez horas e os trabalhos se estenderam das 10h25 de sexta-feira (2) até 4h20 do sábado. A fase de debates é a única em que os promotores do caso, Fernando Pereira da Silva e Eduardo Olavo Canto, e a advogada de defesa, Ieda Ribeiro Souza, podem apresentar seus argumentos livremente aos jurados.
Durante sua fala inicial, a promotoria apresentou informações dos laudos necropsiais de 52 mortos. O próprio MP pediu para que os jurados desconsiderassem 21 mortes que teriam acontecido no corredor direito do pavimento – a Rota atuou apenas no corredor esquerdo. Cerca de 90% das vítimas receberam tiros na cabeça e no pescoço – o que aponta para a possibilidade de execuções em massa. Destes, mais da metade levou entre dois e quatro tiros.
Já Ieda, para se contrapor às estatísticas apresentadas pelo MP para defender a tese de execução de detentos, apelou a músicas e escuridão no tribunal do júri. A advogada disse que os policiais agiram corretamente e que os laudos apresentados pelo MP para basear a acusação dos réus são inconclusivos.
Ela também argumentou não ser possível individualizar as eventuais condutas criminosas. Para ela, o ex-governador Luiz Antônio Fleury Filho (PMDB) é o grande responsável pelo episódio. “Quem deveria estar aqui é o doutor Fleury. Ele não foi responsabilizado porque tinha 'costas quentes' e ninguém ia colocar aquela situação num momento de véspera de eleições.”
Durante sua réplica, o promotor Eduardo Olavo Canto Neto pediu para que os jurados  “escutassem as vozes que vêm das ruas”, “agissem como agentes de mudança social” e condenassem os 25 policiais militares julgados pela ação no terceiro pavimento do Pavilhão 9.
O promotor afirmou que o julgamento é “ideológico” e que a questão é se se é favorável à ideia de que “bandido bom é bandido morto”. Canto Neto apresentou a relação de ocorrências registradas como Resistência Seguida de Morte (RSM) na ficha dos réus. Juntos, até o ano 2000, eles tinham quase 300 RSMs. Sozinho, o soldado Carlos Alberto dos Santos se envolveu em 33 RSMs, sem nunca ser condenado.
Canto Neto insistiu que existe má conduta em todas as instituições e que elas ainda assim continuam “grandiosas”. Por isso essa “mancha precisa ser retirada” e afirmou que os réus “não são heróis”. O promotor explicou aos jurados que os policiais não seriam julgados por condutas individuais, mas por terem concorrido para a “obra comum”.
Na tréplica, a advogada Ieda Ribeiro de Souza reforçou a tese da defesa de que havia armas dentro da Casa de Detenção. Durante toda sua fala, ela tentou desqualificar a denúncia feita pelo Ministério Público, que não individualizou a ação de cada um dos acusados. Para ela, o julgamento dos policiais da Rota é político. “Trágico, imbecil.  Estúpido quem pensa que esse julgamento não é político”, disse.
Durante a fala da defesa, Ieda e os promotores tiveram várias discussões. Em uma das interrupções, o promotor Silva questionou: “Por que a senhora não fala logo o que a senhora quer dizer? Que eles mataram pouco, que o certo é matar?”.
Apesar de não ter verbalizado essa tese, a advogada pediu a “empatia” dos jurados,  que deviam se imaginar no lugar dos policiais em uma situação idêntica, e pediu que os absolvessem para fazer “justiça”.
Para Ieda, o julgamento só não foi arquivado porque os pedidos da Organização das Nações Unidas interferiram na soberania do Brasil ao dizerem o que o país deveria fazer em relação ao caso. O órgão pediu rigor no julgamento do episódio, que sempre caracterizou como “massacre”.
Para justificar o envolvimento dos policiais em tantas ocorrências de Resistência Seguida de Morte, a advogada usou o argumento de que “gente de bem não foge” e, apesar de fazer diversas críticas à imprensa, a advogada reforçou conceitos arraigados em parte da sociedade. Mostrou várias reportagens sobre crimes de grande repercussão, como o assassinato de um policial e de um menino morto com um tiro porque chorava durante um assalto. “Quem faz isso com uma criança de cinco anos, o que faria com um policial?”
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