Por Fausto Macedo
A Procuradoria-Geral de Nova York
ganhou ação proposta pelo deputado Paulo Maluf (PP-SP) e seu filho,
Flávio Maluf, que pediam a retirada do nome de ambos do alerta vermelho
da Interpol (Polícia Internacional) - índex dos mais procurados em todo o
mundo.
Em decisão assinada na
terça-feira, a juíza Marcy Friedman, da Suprema Corte de Justiça do
Estado de NY, rechaçou a argumentação dos advogados de Maluf e indeferiu
o pedido do ex-prefeito de São Paulo (1993-1996).
A defesa pedia, além do
arquivamento de ação contra os Maluf por desvio de US$ 11,6 milhões para
conta bancária nos Estados Unidos, o afastamento do promotor americano
que os incluiu na lista da Interpol. A juíza recusou arquivamento do
caso sob o argumento de que os acusados não provaram suas alegações.
A procuradoria de NY sustenta
que recursos controlados pelos Maluf migraram para conta na Ilha de
Jersey. A investigação mostra que parcela do dinheiro foi usada para
cobrir despesas pessoais do ex-prefeito e sua família. A procuradoria o
acusa por lavagem de dinheiro.
Se condenado, Maluf pode pegar
25 anos de prisão nos EUA. Ele sempre negou manter dinheiro no exterior.
O promotor de Justiça de São Paulo, Silvio Marques, declarou:
- "Caso o ex-prefeito e seu filho saiam do Brasil poderão ser presos e extraditados para os Estados Unidos".
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