Maluf terá de devolver US$ 28 milhões à Prefeitura de São Paulo.
Corte de Jersey constatou que as
empresas ligadas à família do ex-prefeito teriam sido usadas para
desviar dinheiro de obras públicas na capital paulista
iG São Paulo |
A Corte de Jersey
anunciou que empresas offshores ligadas ao ex-prefeito Paulo Maluf
terão de devolver aos cofres públicos do município de São Paulo US$ 28,3
milhões (R$ 57,7 milhões), além de pagar nove anos de custos com
advogados no processo que ainda tramita no paraíso fiscal. A avaliação
da prefeitura é de que, só com advogados, o custo chegou a US$ 4,5
milhões nesse período. Procurador: Repatriação de dólares de caso Maluf vai demorar Leia mais: Maluf é condenado a devolver R$ 21 milhões aos cofres públicos
Futura Press
Maluf foi condenado a devolver dinheiro desviado da Prefeitura de São Paulo
Em novembro, a Corte constatou que as empresas ligadas à
família Maluf haviam sido usadas pelo ex-prefeito para desviar dinheiro
de obras públicas em São Paulo, entre elas a obra da Avenida Águas
Espraiadas nos anos 90. Maluf negou ter conta na Ilha de Jersey e afirmou, na época da condenação
, que a ação não tem embasamento legal, uma vez que a obra não foi feita
pela prefeitura, mas sim pela Emurb (empresa pública de urbanização
vinculada à Prefeitura de São Paulo).
Faltava definir o valor, que originalmente foi calculado
em US$ 10 milhões. Com juros e correções, além das multas, Maluf terá de
devolver US$ 28 milhões, além de US$ 4,5 milhões dos custos dos
advogados. As empresas já recorreram e uma decisão final deve sair em
março.
Cálculo original da Procuradoria do Município mostra que o valor seria entre US$ 22 milhões e US$ 32 milhões. Poder Online: Malufismo é varrido da Câmara Municipal de São Paulo Leia também: Juíza decide que Maluf fica na lista de mais procurados da Interpol Defesa: Advogados admitem que Maluf tem dinheiro em ilha
"Paulo Maluf era parte da fraude na medida em que, pelo
menos no decorrer de janeiro e fevereiro de 1998, ele ou outras pessoas
em seu nome receberam ou foram creditadas no Brasil com uma série de 15
pagamentos secretos", concluiu a Corte.
O valor que voltará para a prefeitura está bloqueado em
Jersey, sendo que parte importante é composta por ações da Eucatex -
empresa da família Maluf.
Através de duas empresas fundadas e administradas pela
família, Maluf e Flávio, seu filho, foram os beneficiados do desvio de
cerca de 20% da verba destinada à construção da atual avenida jornalista
Roberto Marinho. Com notas fiscais frias, a prefeitura pagou US$ 10,5
milhões a mais para a construtora Mendes Júnior. Esse dinheiro foi
repassado a subcontratados e, depois, transferido a Nova York. De lá, o
dinheiro cruzou o Atlântico para ser depositado em nome de duas empresas
offshore dos Maluf em Jersey. Com Agência Estado
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